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Amigos amantes do mundo, este espaço é dedicado à vocês.
Aqui relato algumas de minhas experiências em viagens, na maioria das vezes, feitas sozinha. Fatos, experiências, histórias, lugares e pessoas fascinantes que encontrei pelo caminho. E é claro, algumas precauções para uma viagem tranquila e radiante.
Também aceito dicas e experiências alheias. Trocas serão sempre bem vindas.
Beijos

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

La più bella Itália

Minhas férias de 2007 foram divididas. Assim, tirei 20 dias no início do ano e os 10 dias restantes, em julho. Para comemorar meus 30 anos, resolvi me presentear com uma viagem para a Itália e ocupar os meus 10 dias de descanso nesta viagem.
O sonho de conhecer a Itália me pertencia desde 1997. Foram 10 anos de espera! Ansia por conhecer a beleza e elegância dos italianos, a história viva nas ruas e principalmente, ver de perto a bella Toscana, descrita deliciosamente por Frances Mayes.
Como tinha apenas 10 dias e pouco tempo para arrumar as malas, resolvi deixar nas mãos de um especialista (MarcTur), a mesma empresa turística que me enviou para a Europa no início do mesmo ano. O meu trabalho foi escolher o roteiro e pagar...Não me lembro exatamente o valor do pacote, mas, incluindo passagem, hospedagem, traslados, alguns city tours e 2 refeições diárias, média de R$ 4.000,00.
O roteiro foi o seguinte: embarque em SP, com destino a Milão e escala em Madri, voando Ibéria (na ocasião mais barato que a TAM) e de lá, seguiamos de ônibus pelo país. Dois dias em Milão, dois em Veneza, com parada em Verona, 3 em Florênça, com parada em Pisa e Pádua e 3 em Roma, com paradas em Siena e Assis.
Meu voo saiu de SP no dia 16 de julho às 19:40. Cheguei em Madri às 10:35 do dia seguinte e, às 12:30 embarquei para Milão. Após 4 horas de viagem, cheguei na capital da moda italiana, onde a guia estava aguardando, a mim e a mais 10 pessoas. 
De ônibus pude ver rapidamente a cidade de Milão e suas belezas. Fomos diretamente ao hotel RE, localizado a 6 km do centro da cidade, e após um banho, fui dar uma volta pela cidade, já que estávamos no verão e dia demorava a escurecer. Perdida pela cidade, apesar de possuir um mapa (as ruas de Milão são bem confusas, cheias de diagonais), passei por vários bares superlotados de italianos chiquérrimos, lindos e esbeltos....praticamente uma passarela de desfile de modas. Nunca vi tanta concentração de gente bonita na minha vida! Tanto homens quanto mulheres, espalhavam a elegância Versace pelas ruas.
Eu, uma brasileira simplória (e de rasteirinha) fiquei com vergonha de entrar nesses mega lugares badaladíssimos...mas, em areependi...Dá para passar horas desfrutando a beleza e elegância (exclui a arrogância) dos milâneses.
Após um longo e prazeroso passeio, voltei ao hotel para descansar, pois sabia que o dia seguinte seria agitado. Ao deitar na cama, aliás o quarto era minúsculo, com uma cama de solteiro, uns móveis e um banheiro quase portátil, liguei a TV e vi o desastre do voo da TAM (aquele ocorrido no aeroporto de Congonhas). Nossa, fiquei chocada !!!
Abre ": cuidado ao reservar hotéis na Itália. Por tratar-se de um país antiguíssimo, os hotéis são velhos, pequenos e apertados...com decorações que beiram os séculos XVII e XVIII. Não se enganem pelas estrelas e sempre rebaixem a categoria, ou seja, você paga por um 4 estrelas, mas na verdade, ficará em um 3 estrelas (se tiver sorte).
Na manhã seguinte acordei, e durante o café da manhã (com pouquíssimas frutas), conheci vários brasileiros que estavam na mesma "excursão". Combinamos então de irmos ao centro da cidade, fazer um tour, antes de partirmos para Verona. Tomamos um metrô na estação Porta Romana (2 quadras do hotel) até a estação Duomo, por 1 euro e desembarcamos na praça com o mesmo nome, ao lado da imensa e belíssima catedral gótica do século XIV (em reforma na ocasião). Lá, conhecemos também a Galeria Emanuele, onde estão lojas como Prada e Gucci, o Palazzo Reale, a Piazza Scala, onde encontra-se um suntuosa escultura do fantástico artista italiano Botero, e o teatro Alla Scala. De lá, tomei o metro até a estação Lanza, onde visitei o Castelo Sforzesco (construído no século XV) e a Piazza Sempione. Após uma deliciosa caminhada, voltei (já atrasada) para o hotel.  
Para quem não se incomoda com os pombos, como os japoneses, há a oportunidade de alimentá-los na praça Duomo, onde existe a maior concentração dessa ave. Eu consegui apenas encenar uma posse para fotos!!!!
Fizemos uma parada aos aredores do lago de Gardia (maior lago italiano) para tomar uma birra (cerveja) e um gellato. Em seguida, fizemos um cruzeiro pelo lago, que estende-se por uma área de 370 km2.
Em Verona, lotada de turistas, fomos caminhar pelas ruas do centro da cidade, onde passamos pela Piazza Brà, Piazza delle Erbe e pela Arena, seguindo até a Casa de Giullieta. Lá, segundo o encantador romance de Shakespeare, morou sua heroina mais famosa. Por essa razão, por todas as paredes estão espalhados milhões de bilhetes de pedidos e cartas de amor, que segundo reza a lenda, dá sorte à aqueles que buscam sorte no amor, assim como, tocar os seios da estátua da Giullieta, localizada no pátio interno da casa. Adivinha se não deixei a minha marca!!!
Antes de partirmos para Veneza, jantamos uma bela pasta em um restaurante próximo a Piazza Brà (incluído no pacote).
Em Veneza, nos acomodamos no hotel Holiday Inn (padrão mundial e com péssimo café da manhã), localizado fora da ilha e, assim, muito mais acessível. Para entenderem melhor, Veneza está dividida entre a parte comuna, famosa por seus canais e a parte continental, onde me hospedei.
Na manhã seguinte, fomos até a parte histórica da cidade, onde só é possível se locomover através de barcos. Seguimos diretamente para a ilha de Murano, onde são produzidos os famosos (e caressímos) cristais. Lá visitamos a indústria Ferro-Lazzarini, onde pudemos observar a transformação do vidro em obra de arte e, é claro, babarmos diante de tanta beleza na loja. É tudo tão caro, que comprei apenas um brinco e 3 micro-peças de decoração. Vale mais a pena deixar para comprar nas lojas localizadas nas ruelas próximo a Praça São Marcos....
Quando desembarcarmos no centro histórico de Veneza, pude ver e sentir o formigueiro. A cidade estava tão lotada que era quase impossível caminhar. Era um dia muito quente, com temperatura acima dos 40 graus, onde pessoas do mundo inteiro se misturavam em uma perfeita Torre de Babel.
Seguindo o fluxo (era impossível andar na contramão), fomos até a Piazza de San Marcos, onde também está a catedral, para tentarmos tirar fotos. Antes, passamos pela Ponte dos Suspiros, que liga o Palácio Duccale a uma prisão, e chamada assim porque, segundo a lenda, os prisioneiros a atravessavam suspirando por ser a última vez a ver o mundo externo.
Na praça havia fila para tudo...entrar na catedral, subir no campanário, comer, sentar e até "brincar" com os pombos...Como estava muito quente, tinha que me espalhar em cada canto livre que encontrava.
Assim como é imperdoável ir a Roma e não conhecer o Vaticano, também é ir para Veneza e não andar de gôndola. Como não estava incluído no pacote, paguei o passeio a parte. Foi muito caro, mas valeu a pena.
Eu, duas senhoras, o gondoleiro e uma "fantástica e certeira" garrafa de champagne seguimos pelos canais venezianos. Dizem que Veneza esala um mau cheiro, mas não senti absolutamente nada...talvez omitido pelo extase de estar naquele lugar maravilhoso. Agora entendo porque tantos casais apaixonados escolhem Veneza para passar a lua de mel...no meu caso, tive que abraçar e degustar a velha e boa champagne (será que foi esse o objetivo do presente?!).
Depois do passeio, fui tentar comer alguma coisa...Uau! sentei na única mesa disponível que por sorte (na verdade mais azar do que sorte) ficava na praça São Marcos. Quando olhei o cardápio, me espantei e só pude pedir uma pizza, para poder sobrar um troquinho para a cerveja. NUNCA vi nada tão caro na minha vida...até o mais chiques restaurantes dos Jardins são desbancados. E olha que a pizza que comi, era uma fatia individual que só tinha molho de tomate e "cheiro" de mussarela. Para se ter uma idéia a cerveza (Moretti long neck) custou 8 euros... a mais cara que já comprei!!! 
Depois desse furto, resolvi dar uma volta e conhecer (tentar) a cidade. Com o mapa em mãos, segui pelas ruelas de Veneza. O lugar é muito charmoso! Margiei o grande canal, passando pela Ponte de Rialto, por diversas igrejas, praças e museus, até me perder...
No começo achei engraçado caminhar sem rumo pela cidade, enfim, estava com tempo sobrando e um mapa nas mãos. Mais a medida que comecei a não encontrar placas com localizações e pessoas pelas ruas, me preocupei....Eu andei tanto, mais tanto, que fui parar do outro lado da cidade. Nesse momento, tinha apenas 30 minutos para chegar até o porto....Desespero !!!! Perguntava para todas as poucas pessoas que encontrava pelo caminho, mas ninguém conseguiu dar a direção correta. Até que cheguei a uma plataforma, ao lado do rio e vi o por do sol. Nesse instante, pensei em desistir e ficar por lá !!!!!
Nossa!!! aquele sim é o local dos suspiros...
Mas aí retomei a consciência e pensei no dinheiro. Se perdesse aquele barco, teria que pagar outro transporte para voltar ao hotel, foi então que sai correndo (literalmente) por Veneza. Detalhe, a cidade continuava lotada e eu devo ter derrubado vários pelo caminho.
Por sorte, achei uma placa indicando a Praça São Marcos e fui a última a embarcar....pulando, já que a tripulação estava soltando as cordas.
Suando, vermelha e sedenta, sentei, quando quase perco novamente o fôlego ao avistar o maravilhoso "ajudante" do capitão, com seu uniforme branquinho e sua queimada de sol...NOSSA SENHORA !!!! Viva os italianos!
Amanheceu e logo após o café da manhã, seguimos para Pádua, conhecida por ser a cidade onde Santo Antônio passou a maior parte da sua vida, ou seja, capital internacional das solteironas desesperadas. Como as demais cidades italianas, Pádua é repleta de detalhes arquitetonicos, esculturas ao ar livre, jardins e grandes igrejas, como a Basílica de Santo Antônio. Caminhar pela cidade também é a melhor pedida. Passar pela Basílica de Santa Justina e pelo Prato della Valle é encantador. 
Já na Basílica de Santo Antônio, você encontra algumas peças de vestuário usadas pelo padre, bem como alguns restos mortais. Há também um jardim interno maravilhoso!
É óbvio que aproveitei para acender velas, rezar, me lavar de água benta e tocar em tudo que pertenceu ao santo casamenteiro...mas nem essa promessa "in locu" fez efeito!
De lá, partimos para Pisa, já na Toscana, cruzando os Apeninos, uma vista fabulosa dos morros altos e pontiagudos, tudo isso ao som de tardicionais canções italianas.
Pisa é famosa pela sua torre inclinada, localizada na imensa e arborizada praça Duomo. As visitas a torre são feitas em horários específicos e devem ser agendadas com antecedência, principalmente durante o verão, pois o número de visitantes é restrito. Na Praça Duomo também estão o Batistério, o Camposanto e a Basílica. Ah! Há a possibilidade de conhecer a cidade embarcando em um trenzinho, desses com palhaços alegrando (esforço) as pessoas.
O maravilhoso na Itália são as diversas fontes de água pura espalhadas pelas cidades. Basta comprar uma única garrafa e recarregá-la pelo caminho. Barato, prático e perfeito para os dias quentes do verão europeu. Na praça Duomo, em Pisa, é uma obra de arte. Um escultura de anjinhos! 
Antes de chegar a Florença, paramos em San Gimignano, uma pequena cidade medieval, fundada no século III d.C. Patrimônio da Unesco, essa pequena e charmosa cidade, nos remete aos filmes de grandes batalhas e disputas entre cavaleiros pela mão da princesa. Como a cidade fica no alto de um morro, a vista panôrâmica da Toscana, através do portal de entrada, é indescritível. Adorei a visita!
Enfim chegamos a Florença! Próximo ao horário do jantar, a programação foi comer, tomar um belo banho e dormir. O quarto do hotel como de praxe, minusculo, velho, com pouca ventilação e iluminação.
O hotel (Florencia Columbus) fica na Lungarno Cistoforo Colombo, avenida que percorre o rio Arno e, apesar de um pouco distante do centro, vale a pena a caminhada, pois além do rio, a avenida é arborizada e com extensos gramados perfeitos para um piquenique (já mostrado na novela Passione). 
Uma das cidades mais belas do mundo, a capital da Toscana, é um museu a céu aberto. Berço do renascimento e cidade natal (ou adotada) de ilustres figuras da nossa história, como Dante Alighieri e Da Vinci, Florença merece ser degustada delicadamente e com muita atenção para não perder nenhum detalhe.
Assim que acordamos fomos até o centro da cidade, onde a visita começou pela Igreja Santa Maria Novella, em seguida fomos a  Piazza Signoria, coração da cidade, onde concentram-se várias e famosas esculturas. Florença estava tão lotada, que foi impossível sacar fotos isoladas da multidão!
Seguindo em direção ao rio Arno, pare na Galeria Uffizi para apreciar obras de Botticelli e Michelangelo e pare, obrigatoriamente, as margens do rio para mirar a Ponte Vechio, construída em 1345. Vale a pena passar por ela, onde concentram-se pequenos comércios de jóias (e vários camelôs), mas a vista externa é mais agradável.
De volta ao centro, pare para tirar uma foto com o lendário javali prostrado na porta do Mercado (dizem que ao colocar a mão em sua boca, terá fartura. Não custa nada!!!), em seguida dispenda muito tempo e disposição para conhecer a igreja Duomo. Suntuosa em seus mármores verde, rosa e branco, esta construção é a quarta maior catedral do mundo e concentra obras belíssimas de Donatello e Ghiberti.
Além de visitar a catedral, vá também ao campanile, uma torre com infinitos degraus que são compensados pela vista extasiante da cidade. Cansa, confesso, mas é imperdível!
Em seguida, caminhamos em direção ao oeste da cidade, passando por ruas e praças tomadas por turistas e lojas de souveniers. Famoso em Florença são os bonecos de pau do Pinóquio. Você encontra em todos os tamanhos e utilidades, de fantoches a canetas....
O destino foi a Igreja de Santa Croce, que guarda 276 sepulturas de nomes imortais da história, como Dante Alighieri, Machiavelli, Galileu, Michaeliangelo, Da Vinci, Rossini, entre outros. As tumbas são verdadeiras obras de arte!!!
Depois de tanta cultura e deslumbre, chegou a hora das compras. Com um típico e delicioso gelatto em mãos, aproveitamos as promoções da Guess e Gucci.
Depois de ver tantas maravilhas dos mais famosos gênios da arte reunidas, restou energia para uma boa caminhada de volta ao hotel. Por fim, uma parada na Biblioteca Nacional.
Após um banho refrescante e um bom jantar, voltamos a Piazza della Signoria. Durante a temporada de verão há grandes e diversas apresentações noturnas nas ruas de Florença. Para ouvir uma boa música, ver apresentações de teatros, tomar uma "birra" e apreciar os bellos italianos. Álias, os policiais são uns espetáculos!
Se locomover de ônibus na cidade é bem tranquilo, mas se o corpo permitir, prefira as caminhadas.
Florença é um lugar para os que apreciam a arte clássica. Para os sonhadores que vêem a vida com olhos de poetas...É um lugar repleto de emoções. Imperdível !!!
Partimos na manhã seguinte em direção a Roma, antes uma passagem rápida por Siena e Assis.
Era domingo, e Siena, às 9 da manhã, ainda dormia. Tranquilamente, enfim, conhecemos a igreja de São Domingos, a catedral gótica datada de XII, com uma imensa estátua lateral da loba amamentando os irmãos Rómulo e Remo pois, segundo reza a mitologia romana, Siena foi fundada por Sénio, e seguimos até a famosa Piazza de Campo, patrimonio da Unesco e palco da famosa e emotiva corrida de cavalos chamada Palio de Siena que acontece nos dias 2 de julho e 16 de agosto. É mais uma pitoresca e fascinante cidadela medieval italiana.
Já na região da Úmbria, a cidade natal de São Francisco de Assis fica no alto das montanhas. Devotos de todo o mundo vão para lá a fim de conhecer a Basílica e rezar pelo santo, cujos restos mortais encontra-se em uma cripta de pedras no subsolo da igreja.
As ruelas são charmosas, mas há de ter muito folego para caminhar. Almoçamos em uma cantina tipicamente italiana, que mais parecia uma reunião dominical de família - Locanda del Podestà, que fica na Via San Giacomo. Mas tenham paciência...o serviço, assim como a cortialidade, não são pontos fortes na Itália. O melhor é entrar no ritmo deles para não se estressar...
Chegamos em Roma quase no horário do jantar. Após acomodações no hotel  Fleming, bem distante do centro, mas o melhor que ficamos, por ser mais novo e mais espaçoso. Na verdade, fiquei muito bem acomodada em um quarto com cama de casal (o primeiro da viagem) e com uma varanda imensa, até com cadeira de balanço, com uma vista panorâmica da cidade, perfeito para as noites quentes e estreladas que tivemos.
Após o jantar, fomos fazer um tour pela Roma Noturna....Ulalá!! Começamos pela romantica Fontana di Trevi. Na verdade estava tão lotada que para imaginar as cenas de Fellini era necessário fechar os olhos e literalmente se perder em pensamentos.
Cuidado, por ser uma região tipicamente turística, há diversos "trombadinhas". Se puder evite andar com bolsas e carteiras, principalmente a vista.
Como não queria gastar meus preciosos euros, joguei 2 moedas de dólares. Mais uma lenda romana: jogue a primeira moeda, de costas, para realizar o desejo e uma segunda, para mantê-lo.
Depois da bela, inspiradora e cinematográfica, Fontana di Trevi, continuamos nosso passeio pela romântica Roma noturna. A noite estava belíssima e super caliente, propício para caminhar. Passamos pelo Templo Adriano, Pantheon, Palazzo Madama e ao fim, um bello gellato italiano na Piazza Navona.
Depois dessa bela noite, voltei ao hotel para uma magnífica e merecida noite de sono!
No dia seguinte, um longo e fabuloso passeio ao Vaticano. Passeio extra, pago com muito gosto, que além do museu, visita a Capela Sistina, os jardins do clero e a estupenda Basílica.
Filinha básica na entrada no museu, mas compensada pela bela Guarda Suiça que circula pelas salas repletas de estátuas de marmore e quadros de fios de ouro. Indescritível aquele lugar!!! Tudo é glamuroso.
Para os mais cristãos, os olhares se voltam apenas ao exuberância do sagrado, desprovido da soberba  histórica católica. Não há tempo (e nem motivo) para questionar a origem e a razão de tanta ostentação, basta admirar. É apenas isso que aquele lugar pede.
Há muito a ser visto e ouvido. Não dá para visitar o museu sem um guia experiência, no meu caso, sedutor (como um bom italiano).
Agora, o impacto realmente é a Capela Sistina...O que foi  Michelangelo?! ESPETACULAR!!! O difícil é encontrar um espaço dentre tantos admiradores...Ao entrar na sala, a primeira recomendação é não fotografar...entendo a razão e apoio, mas quem que nesse momento a razão impera?! Vantagem para os emocionados e impulsivos fotógrafos é o acumulo de gente...dá para enganar os guias e policiais facilmente...ae olha que esse "jeitinho" não é só brasileiro, nossos amigos portugueses foram os primeiros a sacar fotos (será que isso também foi herdado?!).   
Depois desse impacto, circulamos pelas áreas externas e arborizadas do menor Estado do mundo até chegarmos aos subsolos, onde estão os restos mortais de todos os Papas que por lá passaram. Não preciso dizer que lá também é proibido fotografar, e por ser mais silencioso e bem menos tumultuado, os guardas estão atentos e arbitrários.
Por fim, a Basílica de São Pedro...Tudo é muito grande, alto e exuberante. Impressiona cada detalhe daquele lugar...é lindo! E mesmo com tanta gente e tanto ouro, é possível encontrar a paz (e rezar, refletir, pensar...). Ah! como é linda A Pietà...
Ao sair da Basílica, uma volta pela Praça São Pedro, não menos grande e fabulosa e, é claro, compras para manter o "padrão" eclesiástico. Na loja oficial do Vaticano, bem ao lado da Praça, encontrasse desde um simples botton do Papa até imensas e chiquérrimas esculturas sagradas. Tem muita opção, tudo ligado ao cristianismo, é claro, mas vou confessar que o preço é bem salgado. Ah! é possível deixar os presentes para serem benzidos pelos eclesiásticos e são entregues no mesmo dia, no hotel. Fiz e deu certo (o preço já está incluído na compra).
Após um belo e sustancioso almoço em um restaurante bem turístico ao redor do Vaticano (Papa Rex - Via Aurelia, 87), fomos caminhar e desbravar a Cidade Eterna.